quarta-feira, outubro 19, 2005

Orçamento de Rigor

Título da 1ª Página do “Correio da Manhã” de ontem, dia 18 de Outubro

“Orçamento de Estado Ataca Pensões”

Que o orçamento para 2006 ia ser de rigor já o sabíamos, o governo do Engenheiro Sócrates já o tinha anunciado. O estado a que chegaram as contas públicas é de tal maneira lamentável que não restava grande alternativa a qualquer governo decente, que não fosse o de ser rigoroso com um orçamento de verdade e sem malabarismos financeiros. Portanto, ainda que isso nos afecte as carteiras, venha o tal orçamento de rigor e de transparência, que eu aplaudo.
Mas, senhor primeiro-ministro e senhor ministro das finanças, o orçamento prever o ataque às pensões, aí já não posso estar mais em desacordo.

Ao fim e ao cabo, razões terão os partidos da oposição à esquerda do PS, quando dizem que o governo penaliza sempre os trabalhadores e que é incapaz de se meter com o grande capital, nomeadamente com a Banca (bom, face às notícias que vieram ontem a público sobre a investigação que está ser levada a cabo pela Polícia Judiciária e pela Direcção Geral dos Impostos, precisamente a grandes grupos financeiros, já não sei não).
E, as razões apresentadas por esses partidos, acabam por estar, afinal, retratadas no título do Correio da Manhã “Orçamento de Estado Ataca Pensões”

Mas, pergunto, porquê o ataque às Pensões? E porque não às Residenciais? E porque não às Albergarias? E porque não aos Hotéis?

São sempre os mesmos a pagarem a crise!

2 comentários:

Anónimo disse...

Agora escolhi "other"
O grande problema é que nem todos pagam os impostos que lhes são devidos, para de outros factos importantes, no domínio da economia e das finanças. Temos uma balança de pagamentos altamente deficitária e dependemos em excesso do petrólio e do gás natural.

Anónimo disse...

Caro PALMA,
Esteve cá hoje em minha casa um amigo meu, que me ensinou estes segredos.
eu queria voltar à análise do ORÇAMENTO, não porque esteja em condições de o fazer, mas porque quando você diz que o Governo apenas ataca os trabalhadores, e não firmas, temos de dizer que as firmas de uma maneira geral para não dizer total, manipula os BALANÇOS, com a conivência dos chamados guard~-livros, retirando das contas o suficiente número de facturas, e noutos nem facturas há, de modo a apresentarem não o lucro verdadeiro mas apenas uma pequena parte. É isto que o Governo também está a atacar e muito!
quanto ao novo escalão do IRS de 4o por cento apenas atinge quem o pode e deve pagar. Os restantes não foram alterados. quanto às penções, apenas são colectadas as grandes pensões o que, em tempo de grande crise em que todos devem ajudar a fazê-la diminuir, o que não me parece mal.
Gostava de saber a sua opinião