quarta-feira, janeiro 04, 2006

Justificações para tamanha ausência – parte I – o Natal


Prometi voltar a 5 de Janeiro de 2006 e aqui estou. Neste início de ano, quero aproveitar para desejar um

FELIZ ANO NOVO!

Entretanto, algumas pessoas perguntaram que motivos de peso me levaram a estar ausente desde 22 de Dezembro do último ano até agora. Afinal, porque carga de água é que estive treze dias sem escrever, que razão ponderosa foi essa que justificou tal balda?
Os menos novos lembrar-se-ão de um cómico mexicano – Cantinflas (Mario Moreno), de seu nome – que fez muito sucesso na sua época e que é hoje um clássico do cinema. Pois ele, num dos seus filmes respondia a uma pergunta desta maneira: Eu vou fazer … por três razões. A primeira, a segunda e a terceira.
Respondo quase da mesma forma. Interrompi momentaneamente o nosso convívio por 7 razões. Só que eu, vou mesmo explicar quais foram essas razões.
E a primeira razão foi: o Natal

Com efeito, levei em consideração que as pessoas que habitualmente estão connosco, tinham muito mais coisas com que se preocupar nesta quadra de festas que atravessamos, do que propriamente andar com atenção ao que pudesse ser escrito neste espaço.
Por isso, decidi fazer um intervalo, exactamente para que todos nós pudéssemos andar tranquilos às compras (como se isso fosse possível) e, para que depois delas feitas (isto é, perto das dez da noite do dia 24 de Dezembro), tivéssemos então a disponibilidade necessária “àquela pausa” que o Natal requer.
Ao fim e ao cabo, muito embora a letra da canção do Paulo de Carvalho sugira que “Natal é sempre que um homem quiser”, a maioria das pessoas esquece-se disso no dia a dia, e só na época de Natal propriamente dita, nos sentimos mais disponíveis para os outros, mais solidários com o próximo, para com aqueles que estão mais carenciados do que nós, quer em termos económicos quer espirituais.

Na verdade, no Natal, e para além da fúria consumista que ataca em força (a uns mais do que a outros) e que nos leva a comprar desalmadamente o que queremos e o que não queremos, o que podemos e o que não podemos, sentimo-nos, de facto, com o espírito mais aberto e mais sensível.

Mas o Natal e a proximidade do fim de cada ano leva-nos, também, como que a fazer um balanço do que se passou nos últimos doze meses e a meditar um pouco mais sobre a vida e, mesmo, sobre a própria morte. Em regra, é quando dedicamos um pouco mais de tempo à recordação daqueles que já nos deixaram.

Dar, pois, a possibilidade de ter algum tempo para meditar e de estarmos mais próximos e solidários com os outros foi, fundamentalmente, a primeira razão para esta ausência.

Amanhã falaremos sobre a segunda razão.

2 comentários:

Anónimo disse...

Agora enveredaste num esquema "7 dias, 7 razões"?

Parece-me boa ideia. Há que fazer render o peixe.


A propósito, belíssima foto essa!

Anónimo disse...

Devo confessar que já tinha saudades das tuas crónicas. Confesso também que, apesar de teres avisado que só regressavas a 5, de vez em quando abria o blog para ver se havia qualquer coisa de novo.
Concordo com o "porcos no espaço" esta fotografia é muito boa!
Desejo a todos Bom Ano de 2006