terça-feira, março 07, 2006

A tendência é logo pensar-se o pior

Eu sempre achei que aquela coisa das bolas de futebol a serem constantemente jogadas pelas cabeças dos jogadores, não lhes dava lá muita saúde. Refiro-me aos jogadores, naturalmente.

A bola vai com uma força dos diabos, o jogador salta e, para além de, normalmente, levar uma cotovelada do adversário que salta com ele, ainda dá na bola (quando não na cabeça do outro jogador que vai com ele à bola) uma traulitada que até arrepia. Digam-me lá se aquilo não é capaz de danificar algum circuito funcional do cérebro do jogador. Pelo menos, alguns dos neurónios poderão ficar afectados, com certeza.

Claro que, como em tudo, não podemos generalizar. Deverá haver por aí milhares e milhares de jogadores que se fartam de dar cabeçadas (na bola, digo eu) e nada lhes acontece, pelo menos aparentemente.

Por isso quando me contaram que o famosíssimo e riquíssimo capitão da selecção inglesa David Beckham, que joga no Real Madrid, em Espanha, e que também se farta de dar cabeçadas na bola, confessou que não era capaz de ajudar o filho Brooklyn, de seis anos, a fazer os trabalhos de casa, isso até nem me causou um espanto por aí além.

Dizem as más-línguas que, ao que parece, Brooklyn não conseguiu resolver o seguinte problema “a Joana foi à loja às 11h45 e regressou meia hora depois, a que horas chegou ela? Quando pediu ajuda ao pai para resolver a questão, o pai também não soube responder.

David é um homem inteligente, talentoso como futebolista, casado com uma mulher lindíssima e ainda por cima rico como o caraças. Não saber responder a uma questão como aquela faz dele o quê, um “grunho”?

Para mim, o que se passou foi perfeitamente compreensível. David anda constantemente por esse mundo fora em jogos, em torneios e em demonstrações e os fusos horários devem-lhe fazer uma confusão tremenda naquela cabeça. E já pensaram, por acaso, que quando ele ia responder ao filho, aquele “não sei”, que alguém disse ter ouvido, poderia pretender dizer apenas “espera aí, mas, afinal, em que loja é que estava a Joana, foi aqui em Madrid ou foi em Nova York? É que, como sabem, há uma data de horas de diferença!

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