segunda-feira, julho 31, 2006

“Oh da guarda!”

Para além de muita paciência e enorme perseverança vai ser necessária muita coragem para que o governo consiga pôr nos eixos as miríades de situações que faz com que este país esteja na situação deplorável em que se encontra.

Soube-se agora o resultado de um estudo efectuado pela empresa de consultoria Deloitte, que o nível médio de absentismo dos 136,5 mil funcionários municipais deste país, ou seja 2,9% da população activa, é de 22 dias úteis. Isto é, meus amigos, cada empregado municipal falta, em média, um mês de trabalho por ano.

O que me leva a perguntar: não há legislação que estabeleça penalizações para quem tanto falta? Não existem chefias que disciplinem esta indisciplina? Quem tem mão nisto tudo?

Pelos vistos ninguém. O facto é admitido pelo próprio Presidente da Associação Nacional de Municípios, Fernando Ruas, ao dizer que é um problema que "ultrapassa" os autarcas.

Bem vistas as coisas, se calhar sou eu que estou a exagerar. Afinal, a média de faltas por empregado, não vai além de um reles mês de trabalho em cada ano. Nem sei bem porque é que eu, contribuinte que pago os impostos a tempo e horas, estou a falar disto.

Como dizia um colega meu, se a culpa não é de ninguém, então, o culpado sou eu ...

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu também acho que um mês de férias é manifestamente insuficiente... Até porque para tratar daqueles assuntos que não podemos tratar durante os dias de trabalho (porque as repartições publicas não têm exactamente um horário que o permita), não faz sentido gastar dias de férias, verdade????? Então que fazer? FALTAR ao trabalho. Eles é que estão certos, e não aqueles tolos (nos quais eu me incluo) que marcam um dia de férias para ir às finanças, ou tratar da renovação da carta de condução.

Anónimo disse...

Estou plenamente de acordo com a Maria. Tenho uma amiga que não pertence aos serviços municipais mas trabalha num ministério, que sempre que precisa de mudar a côr ao cabelo ou qualquer coisa no género, não está de modas, falta ao serviço e pronto. E há tantos anos que faz isto e nunca lhe aconteceu nada. Portanto, ela é que está certa, não é?

Anónimo disse...

Face a tanta ausência, será que eles fazem mesmo falta nos sítios onde estão colocados? Se calhar estar ou não estar é igual ao litro. O melhor é despedi-los...

Anónimo disse...

Só mais uma coisinha. E se em vez de um mês concedessem aos "senhores" dois meses de absentismo?