segunda-feira, outubro 15, 2007

Amendoins


Devo confessar que sou louco por amendoins. Podem-me até dizer que é mais um fruto seco que me vai fazer subir o colesterol, que a gordura é mais do que muita e que, para além de engordar, me fará mal a uma série de coisas, mas a verdade é que, com alguma frequência, não consigo resistir e vou-me aos amendoins.

Provavelmente têm razão. A ingestão excessiva dos amendoins pode fazer-me subir o colesterol e o meu aspecto de dandy charmoso pode, provavelmente, ficar prejudicado. Mas, em minha defesa, eu tenho que esclarecer o seguinte:

Em primeiro lugar, o amendoim, ao contrário do que muito boa gente pensa, não é um fruto mas sim a semente comestível de uma planta tropical oleaginosa, a que alguém se lembrou de chamar “Arachis hypogaea”.


Depois, procuro comer amendoins que tenham casca para que, por um lado, ingira menos quantidade, porque já nos falta a paciência para estar um tempo danado a tirar as cascas e, por outro, porque os amendoins com casca não têm sal. O que constitui uma dupla vantagem, a primeira porque não vou lá muito à bola com coisas salgadas e, a outra, porque é exactamente o sal que prejudica mais a saúde, muito mais do que a gordura.

Por último, não me sinto demasiadamente culpado pelos meus “excessos”, porque já li artigos assinados por médicos em que defendem que o amendoim ao invés de aumentar o colesterol, combate-o.

De facto, os cientistas estudaram em 12 variedades diferentes de amendoim a quantidade de antioxidantes, que protegem as células contra danos que podem ocasionar cancro e doenças cardíacas e descobriram que o amendoim tem uma quantidade de antioxidantes tão grande quanto a maioria das frutas, como por exemplo o morango.



Contudo, e doenças à parte, o que ultimamente me vem aborrecendo, é que praticamente todos os amendoins são importados da China. Logo do China que, como sabem, faz parte do eixo do mal, juntamente com os espanhóis, como é constantemente referido pelo nosso amigo porcos no espaço.

Há uns anos, eles chegavam-nos das antigas colónias portuguesas e, agora, temos que os ir comprar precisamente à China, apesar da planta ser originária da América do Sul, basicamente do Brasil e dos países fronteiriços.


Mas não acabo esta crónica sem que vos diga que o “nosso” amendoim, em outras partes do mundo é conhecido, também, por aráquide, caranga, carango (Moçambique), jinguba, mandubi, manobi, amendubi, amendo mepinda (Angola), mancarra (Cabo Verde e Guiné-Bissau), erdnuss (Alemanha), cacahuete (Espanha), arachide e arachis (França), peanut (Reino Unido) e, naturalmente, pela designação algarvia e muito pitoresca de alcagoita.

1 comentário:

Anónimo disse...

Cuidado amigos, há por ai quem diga que comer muitos pode causar um efeito secundário, que é no mínimo discutível quanto ao seu valor, é ele o crescimento de cauda preênsil, (mais conhecida por rabo de macaco) após a ingestão do oitavo quilograma.

Ninguém gosta de ser tratado por macaco, mas que uma cauda dessas pode ser muito útil, isso pode, é ver como o macacal do PPD se pendura para chegar ás bananas da privatização geral do país.