segunda-feira, outubro 22, 2007

Preconceito


O Nobel da Medicina de 1962, o americano James Watson, disse publicamente acreditar que “os brancos são mais inteligentes que os negros”.


Esta declaração que, obviamente me deixou chocado, é bombástica, polémica e extremamente injusta e foi, de imediato, repudiada e considerada pela comunidade científica como “racista”.


A inteligência, a sensibilidade e as mais diferentes e diversas capacidades não são, seguramente, atributos que possam dizer-se como pertencentes unicamente a uma determinada raça.


E, porque declarações como essa, além de infundadas, não têm qualquer suporte científico ou credível – e a prová-lo - leiam um “pensamento escrito por uma criança africana”, uma criança negra e incógnita, pensamento que li algures e que mostra bem, em forma de poema, a sensibilidade dessa criança ... negra.





Quando eu nasci, era preto,
Quando cresci, era preto,
Quando me exponho ao sol, fico preto,
Quando sinto frio, continuo preto.

Quando estou assustado, também fico preto,
Quando estou doente, estou preto,
E, quando eu morrer, continuarei preto!



E você, que é branco,
Quando nasce, você é rosa,
Quando cresce, você é branco,
Quando apanha sol, fica vermelho,

Quando sente frio, fica roxo,
Quando se assusta, fica amarelo,
Quando está doente, fica verde,
E, quando morrer, ficará cinzento!


E é você, que me chama de “homem de cor?”


3 comentários:

Anónimo disse...

Acontece, provavelmente por acaso, que sempre que alguém que teve oportunidades na vida entra em confronto com quem lhe foi negada oportunidades semelhantes, que os mais beneficiados afirmam-se como os mais inteligentes. É o velho caso dos patrões e dos empregados, em que, regra geral, os empregados passam por ser mais estúpidos que os seus patrões.

Dignem-se conceder as mesmas condições a brancos, pretos ou amarelos e, então, aí sim, poderemos aperceber-nos quem, de facto, tem um QI mais elevado. Se assim não for, qualquer afirmação de superioridade será sempre considerada racista, venha ela de onde vier.

Porcos no Espaço disse...

Não conheço estudos científicos que confirmem a teoria desse senhor. Mas também não conheço estudos científicos que a desmintam.

Óbvio que perante a lei, todos os Homens são iguais. Mas e perante a ciência?

Já se concluiu que o cérebro do homem e da mulher são diferentes.

E se algum estudo vier a concluir que o cérebro dos europeus é mais complexo ou rico do que o dos africanos (ou de outra raça)?

Seria assim tão estranho? Pelo menos, a sua compleição física é tendencialmente superior à nossa, e isso já não parece mal assumir.


Isto para dizer o quê?

De ciência conheço pouco, apenas o que vou lendo aqui e ali. Mas as raças, se partirmos do princípio que existem raças, têm características físicas diferentes.

O problema deste senhor foi a frieza e a conotação racista com que abordou a questão. E isso sim, choca.




Quanto ao suposto poema que apresentas, tenho sérias dúvidas que seja da autoria de uma pobre criancinha africana.

Julgo tratar-se de mais um mito urbano, uma história que se conta e reconta, com rótulo de "verdadeira", sem, no entanto, se conhecer a origem.

Eu já conheço esse "poema" há uns anos e já mo contaram como sendo de um velho sábio, um activista e até já o vi sob a forma de canção. Agora é uma criança.

Por mim, pode ser.


Mas fico à mesma com uma dúvida. Os brancos continuam brancos, mudando apenas a tonalidade. E a ideia que tenho é que o mesmo acontece aos negros, apesar de se notar menos. Talvez alguém tenha conhecimentos científicos para me tirar esta dúvida.


De resto, até é um bom poema.

Anónimo disse...

Prontos, se não foi um velho sábio, um activista e se agora até já se duvida que fosse uma pobre criança africana que compôs tal poema, rendo-me e confesso que fui eu o autor. Desculpem ...