quarta-feira, novembro 14, 2007

O país do ó-ó


Mário Soares nunca escondeu que gostava de fazer umas sestas depois dos almoços. Mas não só depois das refeições, porque toda a gente se recorda que ele, de quando em vez, dormitava mesmo em reuniões públicas.

Mas se julgavam que esses tempos já pertenciam ao passado, enganaram-se redondamente porque
Portugal continua a ser o país do ó-ó.

Ainda agora, aquando da discussão na Assembleia da República do Orçamento de Estado, alguns governantes pareciam tão cansados que muita gente esperava que, a qualquer momento, alguém adormecesse e começasse para ali a ressonar. A tanto não chegou o ministro da economia Manuel Pinho, que embora não chegasse a ressonar, acabou por adormecer profundamente. Porém, sempre que alguém levantava o tom de voz, Manuel Pinho, entreabria os olhos, mas logo voltava a adormecer.

Também José Freire Antunes, historiador e deputado do PSD, não conseguiu aguentar a “canseira” do debate entre Sócrates e Santana e afundou-se num sono profundo, certamente que o levou a sonhar com paragens paradisíacas.

Já num recente “Prós e Contras”, da RTP1, o Secretário de Estado do Orçamento, Manuel dos Santos, quase se deixou trair pelo constante e incomodativo fechar das pálpebras.


E que razões provocarão tanta soneira? Um orçamento que dá sono, o calor fora de época que se faz sentir, o cansaço de quem trabalha tanto ou porque Portugal é, de facto, um país onde se consegue dormir bem e sem sobressaltos?

4 comentários:

Anónimo disse...

Andaremos todos a dormir?

Anónimo disse...

O Marocas sempre foi o meu ídolo!

Anónimo disse...

Ahhhhhh (bocejo...)

Anónimo disse...

Só depois de escrever o texto é que soube que, no dia em que foram apresentados os resultados do BCP, o economista Miguel Beleza cedeu ao sono e tombou sobre si próprio durante quase toda a sessão. Só quando o director de comunicação, Paulo Fidalgo, se mexia no seu lugar é que Beleza, que se sentava nas primeiras filas, parecia despertar por alguns momentos.

Prezo muito Miguel Beleza como economista. Mas, como se comprova, a moléstia do sono até aos bons ataca.