domingo, julho 20, 2008

Levar a água ao moinho

A economia portuguesa está praticamente estagnada. As causas são várias mas o abrandamento das exportações e a crise que também afecta os países para onde tradicionalmente mais exportamos, nomeadamente a Espanha, são dois factores de peso que fazem desequilibrar a balança.

Então, o que fazer, desistir e acenar com a bandeira branca em sinal de rendição?

Pelos vistos o Governo terá pensado que seria melhor ir à luta, em vez de esperar sentado que a crise passasse e preferiu tentar novas estratégias e outras paragens para colocar os nossos produtos.
Sócrates foi a Angola, foi à Líbia e já tinha ido à Venezuela. Em todos eles foi em busca de petróleo, de gás natural e de novos financiamentos externos para Portugal. Mas foi também a esses países emergentes vender produtos e serviços portugueses, iniciativas que poderão dar um novo alento aos nossos empresários, aos trabalhadores e à economia em geral.

Fez bem ou fez mal? Pior do que fazer mal é nada fazer. E desancar o primeiro-ministro só por que ele não deita a toalha ao chão e tenta, através da diplomacia económica, conseguir melhores resultados dos que temos actualmente, parece-me injusto.

Mesmo que ele tenha exagerado nos elogios "ao trabalho a todos os títulos notável do governo angolano", a verdade é que em política, e salvaguardando os indispensáveis sentidos ético e de Estado, há jogos de cintura que têm que se fazer para conseguir levar a água ao seu moinho.

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