quarta-feira, outubro 29, 2008

Não há bela sem senão



A Évora associam-se sem esforço palavras como encanto, História, monumentalidade, gastronomia e simpatia (das suas gentes). Todas elas de uma forma espontânea e natural.

Talvez por isso a cidade nos reclame a presença constante. E é bom calcurrear as suas ruas e encontrar a cada esquina pedaços de História e de histórias que só os alentejanos sabem contar.

A visita é obrigatória, como obrigatório se torna levar os sentidos bem despertos para “absorver” uma cidade que de “Museu” se tornou em “Património da Humanidade”.

Évora tem, pois, encantos multifacetados e maravilhosos.


Mas não há bela sem senão. De uma cidade com tais características esperava-se um pouco mais. Sobretudo mais cuidado com o estado em que se encontram os arcos que ladeiam a Praça do Giraldo e seguem pela Rua João de Deus, a caminho da Porta Nova. Quem passa sob as suas arcadas, imediatamente se apercebe do mau estado em que estão as paredes e os tectos desses arcos. Falta de pintura, carência de reboco, lâmpadas de iluminação à vista e mal arranjadas e, provavelmente, o pior dos piores, a existência de imensas teias de aranha que se espalham um pouco por toda a parte e, pelo tamanho que têm, há já bastante tempo. É uma pena.


Admito que a Câmara Municipal tenha prioridades que obriguem a desviar verbas para outras coisas, porventura mais urgentes. Contudo, não me parece que as reparações que são necessárias efectuar atinjam valores por aí além.

Os responsáveis pela autarquia e pelo turismo têm que fazer um esforço. Os eborenses e os visitantes exigem e merecem que a dignidade do centro histórico da cidade venha a ser recuperada.











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