quinta-feira, março 18, 2010

Buracos dissuasores


Vi no Facebook uma chamada de atenção sobre uma coisa que nos pode acontecer. O de cair com o carro em buracos na via pública e o que devemos fazer para sermos reembolsados pelos estragos.


Muito genericamente, e ao que li, deve-se chamar a polícia, procurar testemunhas e tirar fotografias (apesar de estas não servirem como prova em tribunal) e fazer-se um requerimento. São duas reclamações: uma pedindo a reparação do carro e outra a reclamar a resolução do buraco. Depois é fazer chegar a queixa à Aca-m (Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados) e à Deco que remete o requerimento para a Câmara".


Basicamente são estes os procedimentos para que possamos ser ressarcidos da nota preta que vamos pagar pelas reparações. Mas o que eu achei piada nesta notícia foi uma justificação (?????) dada pelo próprio presidente da Aca-m, que dizia esta “pérola”:


“Como o investimento da Câmara de Lisboa para reparar as vias públicas é escasso, “os buracos funcionam como redutores de velocidade e acalmia do trânsito, embora não seja esse o propósito", tendo concluído desta forma brilhante “Não se deve tirar os buracos sem antes se colocarem outros meios para reduzir a velocidade".


Boa! Agora é que se vai acabar com a sinistralidade nas nossas estradas. Quem superintende sobre o estado das estradas, nacionais ou camarárias, mais não tem que espalhar uns quantos buracos pelas ditas e pronto. Os veículos são obrigados a circular com todos os cuidados e os acidentes “viste-los”, como dizia o outro.


Para mim, a questão deveria colocar-se precisamente ao contrário: sem buracos melhorar-se-ia a segurança rodoviária. Agora, essa de plantar buracos com a finalidade de serem redutores de velocidade, não lembra ao diabo.


Enfim, colocada a questão deste jeito, começo a pensar que é bem capaz de ser a mesma coisa de que comer um pastel de nata … sem nata, para não fazer mal ao colesterol. Ou melhor ainda, um pastel de nata sem pastel mesmo. É que a massa costuma ter tanta gordura.

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