terça-feira, maio 18, 2010

Afinal em que ficamos?


Ainda na última quarta-feira ouvimos, no Parlamento, o Vice-Presidente da bancada parlamentar do PSD, Miguel Frasquilho, afirmar que “a situação a que chegamos é a consequência dos caminhos seguidos pelo Governo e que contribuiu para que o país e a administração pública continuassem a gastar acima das suas possibilidades. Foi assim no Orçamento para 2010 e no PEC até ir a Bruxelas porque lá ouviu das boas”. Portanto, Frasquilho, cascou forte e feio no Governo.

Pois o mesmo Miguel Frasquilho elaborou um documento para o Banco Espírito Santo onde defende o Governo socialista e afasta um cenário de crise política.

O documento, intitulado “A Economia Portuguesa – Maio de 2010”, e citado pelo Diário de Notícias, tinha como destino potenciais investidores estrangeiros. Nele, Frasquilho sublinha os esforços do Executivo para reduzir o défice e assegura que o país não corre riscos de liquidez.


Afinal em que ficamos? Será que não conseguimos sair da costumada dissonância entre o que se diz hoje e o que se dirá ou disse noutro qualquer dia? Será que é falta de coerência ou simplesmente cegueira política? É por estas e por outras que o povo costuma dizer que eles (os políticos) são todos farinha do mesmo saco.

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