terça-feira, setembro 21, 2010

Ah, então, fico muito mais descansado …



Desde sempre que me lembro do atum Tenório. Era ainda criança e ouvia o meu pai dizer que lá em casa só se comia o atum Tenório porque era o melhor. E a marca foi perpassando os tempos e as gerações e, apesar de terem aparecido muitas outras – portuguesas e estrangeiras – o “Tenório” aí continua a dar cartas, fiel à qualidade que sempre tem mantido e à imagem da embalagem – sempre igual – a que nos habituou.

Mas o que eu nunca tinha reparado, e fi-lo agora por mero acaso, é que num dos topos da embalagem, em letras mais diminutas do que as que figuram nos contratos dos bancos e dos seguros (aquelas que estão lá mas não são para serem lidas), mesmo por cima da cabeça do senhor que deve ter sido o fundador do produto, está patente a seguinte indicação:

“Grande Prémio de Honra na Grande Exposição Industrial Portuguesa 1932”

1932? Mas isso foi há um ror de tempo. Estamos em 2010 e, se não me falham as contas, já passaram 78 anos. E a partir daí o que aconteceu? Tiveram mais prémios ao longo dos anos ou o seu apogeu deu-se exactamente nessa longínqua data do início da década de 30 do século passado? É que se assim for, embora sem mais distinções conseguidas mas também sem manchas que envergonhem o seu passado e o presente, poderei dizer com toda a tranquilidade “Tiveram um prémio há 78 anos? Ah, então, fico muito mais descansado …”



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