quinta-feira, março 17, 2011

Portugal – a falência

A crise política que se avizinha, a descida do “rating” da nossa República decidida ontem pela Moody’s e o ping-pong a que se assiste diariamente sobre se vem ou não vem o FMI fazem-nos pensar que estamos à beira do fim. Aliás, já se antevê que o precipício – a falência - está mesmo diante de nós.

Aquietem-se, contudo, as almas mais perturbadas por que nem tudo está perdido - a bancarrota não é o fim do mundo. Para que saibam, em média, em cada ano, há um país que fica sem dinheiro para pagar as suas dívidas. Em pouco mais de 200 anos registaram-se 290 crises bancárias e 70 bancarrotas. E não pensem que isso só aconteceu a países pobrezinhos como o nosso. A Espanha, neste espaço de tempo, faliu 14 vezes, a França 4 vezes em cem anos e a poderosa Alemanha 6 vezes.

E nós? Pois Portugal já faliu 7 vezes. Comparativamente com os nossos vizinhos espanhóis estamos até numa situação bem confortável, embora por lá, ao que dizem, ainda se consiga viver melhor do que por cá.

E para os que já têm alguns aninhos lembrem-se do que aconteceu em 1976 em que a nossa falência esteve eminente e só nos safámos graças ao Dr. Mário Soares e às suas influências na Europa. E recordem-se dos loucos anos 80 em que o FMI se instalou de armas e bagagens cá em Portugal para nos impor uma receita que foi extremamente violenta - grande desvalorização do escudo, galopada da inflação para quase 30%, aumento dos impostos e o crescimento do desemprego. Não foi nada fácil.

Mas nada de angústias extemporâneas. É preciso ter esperança. As coisas vão-se resolver, só não sei como … nem quando.

1 comentário:

Vexata disse...

E já agora, vamos aprender alguma coisa de economia, pena que seja uma aula em castelhano, mas ainda há quem saiba explicar umas coisitas:

http://www.youtube.com/watch?v=mk6vgZGdar8&feature=channel



(é só copiar e endereçar no browser, uma vez que o blogger é fraquinho para os comentadores)