terça-feira, janeiro 24, 2012

As desigualdades acentuam-se



No passado dia 3 de Janeiro, o Jornal Económico On-line publicou uma notícia que dá conta que, de acordo com um estudo efectuado pela Comissão Europeia, entre os seis países da União Europeia mais afectados pela crise, Portugal foi aquele onde as medidas de austeridade exigiram um esforço financeiro aos pobres superior ao que foi pedido aos ricos. Mais, Portugal é também o país (deste lote de 6) que regista um dos maiores riscos de pobreza devido às medidas de consolidação orçamental, ultrapassando a barreira dos 20% da população em risco. E, sublinhe-se, este estudo não levou em consideração as medidas adoptadas pelo Governo PSD/CDS, pelo que a situação deverá ter-se agravado entretanto.


Esmiuçando mais os resultados das medidas de austeridade, chega-se à seguinte conclusão: Os 20% dos cidadãos mais pobres perderam 4,5% a 6% (até 9% para famílias com filhos) do rendimento, enquanto que os 20% com rendimentos mais elevados apenas perderam cerca de 3%. Isto são factos.


Perante a dureza e a injustiça de tamanha constatação, que dizer?


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