quarta-feira, outubro 03, 2012

Falando de Fundações




Dado que muitos dos meus Amigos ainda estão de boca aberta com a quantidade de Observatórios que existem em Portugal, e que aqui vos dei conta em 25 de Setembro último, decidi voltar ao tema "onde se gasta o nosso dinheirinho sem que haja utilidade visível", desta vez para falar de Fundações. Instituições que, de resto, não se sabe bem quantas existem. Há quem diga que são umas quantas centenas, mas já ouvi falar em 1 100.

O curioso é que o Governo prometeu que ia acabar com quem anda a receber indevidamente milhões do Estado (as tais gorduras do Estado) e, afinal, parece que só vai extinguir três Fundações e reduzir os subsídios a umas quantas mais, não se conhecendo exactamente quais são, e com que critérios o vai fazer. E ainda há um outro problema, é que mais de um terço das Câmaras Municipais não acata a proposta de extinguir Fundações.
 
Mas a questão de fundo é a seguinte: para que servem as Fundações? Há quem jure que não recebem verbas do Estado mas, então, porque é que tantas dessas Fundações ameaçam acabar com a actividade se houver cortes de subsídios? E porque precisam de ser Fundações?

Pessoalmente, gostaria que me dissessem para que servem e quanto dinheiro sai do Orçamento Geral do Estado para Instituições como, por exemplo:
 
- Fundação Cronse para a Pesquisa Religiosa;
- Fundação Lapa do Lobo;
- Fundação LMCE - Lisboa Mais Bela Cidade da Europa;
- Fundação Mister Freedman;
- Fundação Work Deaf World;
- Fundação Lar do Emigrante Português no Mundo;
- Fundação da Obra Social das Religiosas Dominicanas Irlandesas;
- Fundação de Ensino e Resposta a Desastres;
- Fundação para a Preservação da Cultura Tibetana;
- Fundação Austronésia Borja da Costa; ou
- Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
 
Não me passa pela cabeça pôr em causa a utilidade de qualquer das Fundações. Mas gostava que se fizesse um trabalho sério e criterioso que premiasse apenas as Fundações que têm realmente utilidade pública. Quanto às outras ...
 
 
 

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