terça-feira, junho 18, 2013

O melhor é esperar sentado ...




Exultaram aqueles que leram na imprensa que o Governo se preparava para avançar com uma proposta para eliminar a "taxa de audiovisual" na factura da electricidade. Um valor que custa a cada consumidor de electricidade 2,25 euros por mês, com o propósito único de financiar a RTP.

A abolição desta taxa - criada pelo Governo de Durão Barroso - é há muito reclamada. Sobretudo porque é cobrada a todos os consumidores de electricidade, independentemente de terem ou não aparelhos televisivos (incluindo escadas de condomínios onde, certamente, não existem aparelhos de TV), de se tratar de casotas de campo para apoio agrícola ou, ainda, pura e simplesmente, por não se querer visualizar os canais da RTP.

Como nos acostumámos a que o Governo diga hoje uma coisa e amanhã o contrário, se for caso disso, o melhor é esperarmos com calma. É certo que o Governo anunciou a probabilidade da extinção da taxa mas o Secretário de Estado da Energia - do mesmo Governo - logo se apressou a declarar que o Executivo não tem prevista a discussão de qualquer proposta em relação à taxa do audiovisual.

Mas melhor do que isso, porém, foi o governante - depois de assegurar que o assunto nem sequer estava na agenda política e sem querer comprometer-se com a eliminação pura e simples da contribuição audiovisual - ter adiantado a hipótese desse pagamento poder vir a ser retirado da factura eléctrica. Ou seja, para que não se possa reclamar de um subsídio cruzado entre os consumidores de electricidade e os de telecomunicações, bem pode acontecer que deixemos de pagar da forma a que estamos habituados para vir a pagar de uma outra maneira. Mas que teremos que continuar a pagar, parece não haver dúvidas ...

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