quarta-feira, outubro 23, 2013

Depois admiram-se das coisas não correrem bem...




Os jornais on-line dos últimos dias têm noticiado o assunto, tenho recebido resmas de e-mails sobre a mesma matéria e os comentários nas redes sociais não param. De que é que estamos a falar? De dois jovens rapazes que foram contratados pelo Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro (Carlos Moedas) para acompanhar a execução de medidas do memorando de entendimento com a troika.

Nada teria a comentar, não fosse exactamente a pouca experiência profissional e de vida destes "especialistas", que eu julgava necessária para um trabalho desta natureza. Mas, meus Amigos, por muito bem preparados que sejam - e serão - dois mancebos de 21 e 22 anos, respectivamente, serão as pessoas indicadas para a tarefa?

Há quem diga que os jovens recém-licenciados foram contratados por um salário à volta dos mil euros para fazer um estágio no Ministério da Economia e Emprego. Há também quem afirme que o trabalho apenas durará uns meses até a troika se ir embora. Aceitaria esses argumentos se me deixassem sossegado. Mas a verdade é que não deixam e acho que, mesmo que seja por pouco tempo, seria mais avisado colocar naquele lugar pessoas com mais experiência e que estivessem mais habilitados a analisar dossiers que até são capazes de ser complicados. E quem nos garante que aquelas contratações são provisórias? É que há já quem pense na possibilidade de um segundo resgate ou um plano cautelar de apoio.

Nada contra Tiago Ramalho e Miguel Leal, claro está. A questão é o Q.I.. Não o deles (o QI - Quociente de Inteligência dos dois jovens) mas o verdadeiro QI - o "Quem Indicou" gente tão verdinha para funções tão complexas. Depois admiram-se das coisas não correrem bem...


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