segunda-feira, novembro 04, 2013

Finalmente, o Guião de Portas ...




Valeu a pena esperar meses a fio para conhecermos o famoso "Guião para a reforma do Estado". Cento e poucas páginas (com corpo de letra excessivo e a dois espaços, para encher) com "orientações" para se atingir um Estado melhor. Pelo menos foi o que nos foi dito pelo Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas, autor e apresentador do documento.

Porém, a opinião da generalidade dos analistas sobre aquilo que lá se lê - quanto aos impostos, à saúde, justiça, economia, segurança social, etc. - é que se trata de um documento vazio, cheio de banalidades e que não aponta caminhos (como fazer, quem vai ser o responsável e de que maneira se vão atingir os objectivos) para se chegar à tal reforma que toda a gente reclama como absolutamente necessária.

Dentro da vacuidade do documento, achei curioso um dos enunciados que diz respeito à cultura:


"A função do Estado na cultura tem que sair da mera dicotomia entre a preservação do património e o apoio à criação artística. O Estado tem que ser cada vez mais facilitador na relação com a referência e a experiência cultural da fruição e o acesso de cada cidadão à cultura".
 
Que naco de prosa! Bonito mas inócuo, um palavreado que diz absolutamente nada.

Estamos, então, perante um guião, um manifesto eleitoral ou simplesmente o cumprimento de uma formalidade que se anunciava há muito? Pois bem, teremos que aguardar ...


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