quinta-feira, maio 29, 2014

Será desta?



Depois de algumas vezes ser putativo candidato a candidato à liderança do PS sem que chegasse a avançar definitivamente, nesta quarta-feira António Costa anunciou a sua decisão firme de ser candidato à chefia do PS e, eventualmente, de ser Primeiro-Ministro. E porquê só agora, perguntar-se-á? Talvez porque Costa como muitos outros socialistas (e não só socialistas) mostrou-se insatisfeito com a vitória curta do partido nas eleições europeias.

Mas para alcançar esse desiderato, vai ter que derrubar muitas barreiras e, desde logo, as condições estabelecidas no estatuto do partido que determinam que um congresso extraordinário tem de ser convocado pela comissão nacional do partido, pela maioria das federações socialistas ou pelo secretário-geral. E não me parece que António José Seguro esteja para aí virado nem que as federações estejam todas ao lado de Costa. Resta a decisão da comissão nacional do partido que está marcada para o próximo sábado.

A "guerra" começou nas hostes socialistas. Depois das eleições de domingo é bom para a saúde do Partido Socialista e da nossa democracia que alguma coisa aconteça no PS. A vida política não é um concurso de vaidades, a vida política é um sentido de serviço em torno de ideias políticas. O Partido Socialista e o país necessitam urgentemente de uma personalidade forte a comandá-los e de um outro rumo. E não me parece que isso se conseguisse se Seguro ganhasse as próximas legislativas.



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