quarta-feira, julho 16, 2014

O ensino obrigatório do inglês ... do oito ao oitenta?



Não sou intransigente ao ponto de condenar aqueles que tomam decisões (irrevogáveis ou não) mas que tenham a coragem de voltar atrás e dar o dito pelo não dito. Bem pelo contrário, às vezes acontece. Não sei se foi isso que aconteceu com o Ministro Nuno Crato ao acabar com a disciplina obrigatória de Inglês no 1º. ciclo. Mas sei que das experiências que o Ministro da Educação tem levado por diante duas houve que causaram grande polémica, a redução das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) para metade do tempo e o acabar com a obrigatoriedade do ensino de Inglês, introduzida pela primeira vez em 2005, no tempo de José Sócrates. Afinal, Sócrates parece que fez algumas coisas boas.

Face à situação caótica do ensino da disciplina e ao estado preocupante do domínio da língua inglesa por parte dos alunos - cerca de metade praticamente não sabem falar ou têm um conhecimento muito elementar da língua - o Ministro anunciou que o ensino do inglês passará a ser obrigatório a partir do 3º ano de escolaridade, já em 2015/2016. Mais vale tarde do que nunca. A decisão foi, de facto, tardia mas óbvia: o inglês é uma língua universal.

Só há um porém. Se aplaudimos a decisão de retomar o ensino obrigatório do inglês desde cedo, não sei se não será precipitado o objectivo - dentro de três ou quatro anos - que todos os alunos do ensino secundário sejam certificados pelo Cambridge com o nível First Certificate. É que o passo pode ser maior do que a perna ...

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